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Empresas da área financeira concentram 25% das queixas dos consumidores em 2010

Algumas instituições financeiras também repassam aos consumidores despesas que lhes cabiam como fornecedores.

As reclamações contra as empresas do setor financeiro concentraram 25% do total das queixas fundamentadas em 2010 na Fundação Procon-SP. Das cinco instituições mais reclamadas dessa área, quatro são grandes bancos comerciais.

De acordo com o Cadastro de Reclamações Fundamentadas, divulgado nesta terça-feira (15) pelo Procon, do total de 31.509 queixas, 7.563 eram contra empresas desse segmento.

Das reclamações mais recorrentes no último ano, aparecem transações não reconhecidas com cartões de crédito, cobrança indevida de encargos e envio de produtos sem solicitação prévia dos consumidores e lançamentos de tarifas cujas cobranças não se justificam.

Reclamações
Segundo o órgão de defesa do consumidor, os bancos comerciais são responsáveis por parte das queixas relacionadas a saques e lançamentos não reconhecidos em conta-corrente. Algumas instituições financeiras também repassam aos consumidores despesas que lhes cabiam como fornecedores.

As seguradoras, por sua vez, são citadas pelos consumidores devido aos problemas com cobertura da modalidade de seguro garantia estendida, pelo não pagamento de indenizações ou reparo do produto segurado.

Das 20 instituições mais reclamadas do setor financeiro e habitação, o Itaú Unibanco lidera, com 1.698 queixas fundamentadas. O Bradesco vem sem seguida, com 1.132, Santander/Real, com 693 queixas, Banco do Brasil, com 450 queixas, e Grupo Carrefour, com 420 reclamações relacionadas a serviços financeiros.

Mercado crescente
“Trata-se de um mercado em expansão, que ampliou sua base de consumidores para parcela significativa da população que passou a utilizar esses serviços em decorrência do aumento real de consumo e a facilitação ao crédito, tornando-se um grupo ainda mais vulnerável no mercado de consumo”, avaliou no estudo o órgão de defesa do consumidor.

O Procon-SP ainda ressalta que não se verifica um aumento nos cuidados com os novos consumidores. De acordo com o Consumers International (CI), organização que representa 220 entidades de defesa do consumidor em 115 países, cerca de 150 milhões de consumidores em todo o mundo começam a acessar produtos de serviços financeiros por ano.